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A unificação do Confucionismo, Budismo e Taoísmo

O pensamento das três escolas, Confucionismo, Budismo e Taoísmo, entrelaçou-se na longa história da China, formando uma paisagem cultural única de “tres ensinamentos unificados”. Embora cada uma delas tenha ênfase em doutrinas centrais, métodos de prática e objetivos finais, existe uma notável semelhança nas profundas buscas espirituais e nas orientações de valor, que se manifesta principalmente nos seguintes aspectos:

1. Busca central: superação interna e elevação do estado espiritual.

Confucionismo: busca a "santidade interior e o governo exterior". A "santidade interior" refere-se a alcançar o mais alto estado moral de "santidade" por meio da "auto-cultivação" (investigar os princípios, adquirir conhecimento, ter intenção sincera e corrigir o coração) (como "benevolência" e "suprema bondade"). Enfatiza a realização da perfeição e transcendência do caráter na prática ética do mundo atual.

Taoísmo: busca pelo "caminho da realização" e "união com o Tao". Através da conformidade com a natureza, tranquilidade e não ação, e retorno à simplicidade, supera as amarras do mundo secular (fama e riqueza, vida e morte, astúcia), alcançando o estado de "viagem despreocupada" ou "longa vida e visão prolongada" (união harmoniosa entre a vida individual e a grande transformação do universo).

Budismo: busca pela "iluminação" e "nirvana". Através da eliminação das aflições, extinção do desejo, raiva e ignorância (os três venenos), transcender o ciclo do sofrimento da vida e da morte, perceber a verdadeira realidade do universo e da vida, alcançando o estado de nirvana da libertação final.

Comum: As três partes acreditam que a pessoa pode, através do cultivo interno, da consciência ou da prática, transcender a limitação da vida individual, as amarras dos desejos mundanos e as confusões da vida e da morte, alcançando um estado espiritual ou de existência mais elevado, mais livre e mais pleno. Todas se concentram na libertação e elevação da alma, e não apenas na superfície material ou nas normas externas.

2. Base moral: bondade, altruísmo e harmonia.

Confucionismo: O núcleo é "Ren" (amor ao próximo), "Yi" (justo), "Li" (norma), "Zhi" (sabedoria) e "Xin" (integridade). Enfatiza o princípio do "não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você" e o "respeito pelos mais velhos e cuidado com os mais jovens", com o objetivo de construir uma sociedade harmoniosa e ordenada ("he").

Taoísmo: Defende os "três tesouros": "benevolência", "economia" e "não ousar ser o primeiro no mundo". Enfatiza a "governança sem ação", seguindo as leis da natureza, não agindo de maneira imprudente e não forçando as coisas, para alcançar a harmonia natural na sociedade ("agir sem agir"). Seu pensamento de "valorizar a vida" e "beneficiar as coisas" também reflete o respeito pela vida e pela natureza.

Budismo: O núcleo é a "compaixão" (arrancar sofrimento e dar mendigos), especialmente o espírito budista Mahayana do "Pudu Lingsheng" ("caminho do bodisatva"). Ele persegue o "interesse próprio e o interesse próprio", e o mais evidente é tornar todas as pessoas miseráveis.

Características comuns: As três têm uma forte preocupação ética e uma orientação de valores voltada para o bem. Embora os caminhos sejam diferentes (o Confucionismo enfatiza a ordem das relações humanas, o Taoísmo a harmonia com a natureza, e o Budismo a lei do karma), todas promovem o bem individual, o cuidado com os outros (ou seres sencientes), a contenção dos desejos pessoais e a promoção da harmonia social e até cósmica. Juntas, elas constituem a base da educação moral da sociedade tradicional chinesa.

3. Cognição e natureza: introspecção e cultivo da natureza.

Confucionismo: Enfatiza o "retornar a si mesmo" e "eu revisito três vezes a mim mesmo por dia", cultivando a natureza do coração através da introspecção e da autodisciplina para restaurar a etiqueta (como menciona Mêncio "completar o coração para conhecer a natureza e o céu"). A filosofia da dinastia Song e Ming aprofundou ainda mais a relação entre "coração", "natureza" e "princípio" (como na escola do coração de Lu Wang "o coração é o princípio").

Taoísmo: Defende a "meditação da mente", "esquecimento sentado", "alcançar o vazio supremo e manter a tranquilidade profunda", através da remoção de preconceitos, desejos e astúcia, para que a mente atinja um estado de vazio e clareza, a fim de compreender o Grande Caminho.

Budismo: especialmente o Zen, enfatiza "compreender a mente e ver a natureza" e "a mente é o Buda". A prática se concentra na contemplação do próprio coração, rompendo com pensamentos errôneos e apegos, e percebendo diretamente a natureza búdica intrínseca (natureza pura do ser).

Semelhança: Todas as três escolas atribuem grande importância ao cultivo e iluminação da natureza mental, e a verdade, o Dao ou a natureza búdica estão no coração humano (ou podem ser iluminadas através do coração), em vez de confiar completamente no Wei externo ou no conhecimento. Todos os métodos de prática incluem uma certa forma de regurgitação, o esclarecimento do coração e a remoção do obscurecimento. A integração dos três ensinamentos (especialmente a absorção do pensamento budista por Song Ming) forneceu uma interface importante para a integração dos três ensinamentos.

4. Dialética e Caminho do Meio: Superar a oposição e buscar o equilíbrio.

Confucionismo: enfatiza o "Caminho do Meio", opõe-se ao "excesso" e à "falta", e busca alcançar um equilíbrio e harmonia adequados em várias relações (como entre o céu e os humanos, entre o coletivo e o individual, e entre a justiça e o lucro).

Taoísmo: Explica profundamente a unidade dos opostos ("o ser e o não-ser geram-se mutuamente, a dificuldade e a facilidade completam-se...") e a reversibilidade extrema das coisas ("a reversão é o movimento do Tao"), defendendo a superação da oposição binária, adotando uma postura de "não ação" e "não competição" para se conformar à grande transformação da natureza.

Budismo: os princípios centrais como "originação dependente e vacuidade", "o caminho não dual", revelam a interdependência de todos os fenômenos, sem uma natureza própria independente, rompendo a fixação em todos os conceitos (incluindo ser e não ser, bem e mal, vida e morte), defendendo a superação dos extremos, seguindo o caminho do meio (como o Nobre Caminho Óctuplo).

Semelhança: As três possuem um profundo pensamento dialético, reconhecendo a relatividade e a unidade dos contrários nos fenômenos do mundo. Todas se opõem ao extremismo e ao fanatismo, defendendo a busca de um caminho médio, equilíbrio ou harmonia que transcenda a oposição binária ao compreender o mundo e lidar com problemas. Essa sabedoria confere-lhes inclusão e flexibilidade ao enfrentar questões complexas.

5. Função social: educar os corações e estabilizar a ordem.

Confucionismo: fornece diretamente à sociedade uma ética e um pensamento político de governo, sendo a ideologia dominante na sociedade tradicional, comprometendo-se a manter a ordem e a estabilidade social.

Taoísmo: possui a ideia de "governar sem agir" na política, oferece consolo espiritual e um caminho para transcender o mundano (especialmente em tempos de caos), e desempenha um papel de regulação e complementação na ordem social (como "retirar-se após o sucesso").

Budismo: ensina o povo através de doutrinas como a lei de causa e efeito, a reencarnação e outros, incentivando a bondade, oferecendo respostas para questões sobre a vida e a morte e um apoio espiritual, ajudando a aliviar as contradições sociais e estabilizar a confiança das pessoas.

Comum: Embora os enfoques sejam diferentes (o confucionismo é mais ativo na sociedade, o taoísmo é mais desapegado, e o budismo se concentra mais na libertação final), os três historicamente compartilharam a função de educar o povo, estabilizar a sociedade e fornecer suporte espiritual. Juntos, moldaram os valores, modos de pensar e padrões de comportamento do povo chinês, influenciando profundamente todos os aspectos da cultura chinesa.

Em resumo, a profunda comunhão entre o Confucionismo, o Budismo e o Taoísmo reside em:

Cuidado final comum: O anseio por transcender a limitação individual e buscar um nível espiritual mais elevado (Santo, Caminho, Buda).
Pedra angular moral comum: a veneração e a prática dos valores éticos universais de benevolência, altruísmo e harmonia.
Consistência da natureza da mente: a ênfase na introspecção e no cultivo da natureza da mente para alcançar a verdade ou a essência.
Sabedoria dialética semelhante: A aplicação de uma forma de pensamento que transcende a dualidade e busca o equilíbrio do meio.
Função social complementar: servir conjuntamente para educar as pessoas, manter a ordem social e a transmissão cultural.

É precisamente essas profundas semelhanças que permitem que o Confucionismo, o Budismo e o Taoísmo se absorvam, referenciem e integrem no solo cultural chinês, formando um padrão de "eu em você, você em mim", que compõe o núcleo e a alma do pensamento cultural tradicional chinês, exibindo uma grande capacidade de inclusão e vitalidade. Compreender essas semelhanças é a chave para entender a cultura chinesa e o mundo espiritual do povo chinês.
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