O BlackRock Bitcoin Spot ETF, cotado no Nasdaq sob o ticker IBIT, é um fundo de investimento cotado em bolsa (ETF) de bitcoin lançado pela BlackRock, a maior gestora de ativos a nível mundial. Este ETF recebeu aprovação da U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) e iniciou negociação a 11 de janeiro de 2024, tornando-se um dos primeiros ETFs de bitcoin "spot" autorizados em bolsas de referência nos Estados Unidos. O IBIT detém efetivamente reservas reais de bitcoin, permitindo aos investidores aceder ao investimento em bitcoin no quadro financeiro tradicional, sem ser necessário adquirir e guardar diretamente a criptomoeda.
Enquanto protagonista central no mercado de ETFs de bitcoin, o lançamento do IBIT marca um ponto de convergência significativo entre o universo das criptomoedas e os mercados financeiros convencionais. A entrada da BlackRock — com uma carteira superior a 9 mil milhões de dólares sob gestão — neste segmento não só reforça a legitimidade do bitcoin enquanto classe de ativos financeiros, como também proporciona um canal regulado e relativamente acessível para o investimento em bitcoin por parte de investidores institucionais e particulares. O IBIT acompanha o preço "spot" do bitcoin, detendo fisicamente os ativos através da Coinbase Custody Trust, e aplica uma comissão de gestão de 0,25%.
Desde o lançamento, este ETF captou milhares de milhões de dólares em entradas de capital, sendo atualmente um dos produtos ETF de bitcoin mais procurados no mercado. Os investidores institucionais valorizam o IBIT devido à reputação de excelência da BlackRock, à sua comprovada capacidade de gestão e ao posicionamento estratégico para facultar soluções de investimento em criptoativos aos clientes. O sucesso do lançamento e operação do IBIT estabeleceu um padrão de referência para outras gestoras de ativos desenvolverem produtos similares, impulsionando a evolução do ecossistema de ETFs de bitcoin.
Contudo, investir no IBIT implica riscos e desafios. O próprio bitcoin apresenta uma volatilidade de preços muito elevada, que repercute diretamente no valor líquido dos ativos do IBIT. Além disso, a incerteza regulatória pode condicioná-lo no longo prazo. Embora a comissão de gestão do ETF seja competitiva, pode, a longo prazo, impactar os rendimentos totais. Importa ainda salientar que, apesar de proporcionar exposição ao preço do bitcoin, o IBIT não confere direitos de participação direta na tecnologia blockchain subjacente — uma característica que distingue este produto da posse direta de bitcoin.
No futuro, o IBIT e produtos similares poderão contribuir decisivamente para a inclusão do bitcoin nas carteiras de investimento convencionais. O aumento do investimento institucional deverá expandir ainda mais a base de investidores destes ETFs de bitcoin, reduzindo as barreiras de entrada no mercado. A BlackRock poderá diversificar a sua oferta de ETFs de criptomoedas, acompanhando a procura do mercado e desenvolvimentos regulamentares, eventualmente incluindo outros criptoativos de grande capitalização ou estratégias temáticas associadas. À medida que o mercado de ETFs de bitcoin amadurece, o aumento da concorrência deverá promover a redução da comissão de gestão, beneficiando diretamente os investidores.
O BlackRock IBIT constitui uma ponte importante entre as finanças tradicionais e o universo dos criptoativos, oferecendo uma solução regulada, segura e simplificada para investir em bitcoin. Além de facilitar a entrada de investidores não especialistas no mercado de bitcoin, integra aspetos como declaração fiscal e transmissão patrimonial no quadro das contas de valores mobiliários tradicionais. À medida que o bitcoin consolida a sua presença no panorama financeiro global, o IBIT e outros ETFs de bitcoin desempenharão um papel central na definição do ecossistema de investimento desta classe emergente de ativos.
Partilhar